Entenda mais sobre o termo que está sendo bastante falado neste período, como o racionamento de água pode impactar o seu uso de água no cotidiano. Para entender mais as causas e consequências da aplicação do racionamento em uma cidade, continue lendo este artigo.
Nos últimos dias a SAEG distribuiu, juntamente com a conta d’água dos munícipes, um panfleto falando sobre racionamento. Intitulado: “Racionamento de água na cidade pode se tornar realidade em breve”, o panfleto destaca que muitas cidades do estado de São Paulo já estão apresentando sinais de estiagem, e ainda, com um número cada vez mais baixo do volume de chuvas.
A situação é alarmante para o vale do paraíba, pois com esses volumes baixos, a tendência prevista para os próximos meses, é que chova ainda menos. Em Guaratinguetá ainda não é feito racionamento, mas se a Companhia de Saneamento da sua cidade solicita para os munícipes economizarem água, é porque a situação é séria.
Portanto, para que não haja preocupações antecipadas, este artigo explica o que é o racionamento de água, quais são suas causas e consequências na vida dos munícipes.
POR QUE EXISTE O RACIONAMENTO DE ÁGUA?
Os principais motivos causadores da existência do racionamento de água são: a falta de planejamento, manutenção e investimento. Há, ainda, os fatores climáticos, que podem influenciar o agravamento da situação.
O Brasil é um país extremamente rico em recursos naturais, incluindo, a água. No entanto, isso acaba trazendo uma falsa sensação de abundância, já que nem toda água é necessariamente própria para consumo.
De acordo com os dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o Brasil tem 12% do total das reservas de água doce de todo o planeta. Além disso, contém em seu espaço o segundo maior rio e o maior aquífero subterrâneo do mundo.
Entretanto, mesmo com todas essas vantagens, as maiores cidades do país acabam sofrendo racionamento. Mas esta situação decorre-se justamente por que o país não utiliza todo o potencial de água doce.
Mas, qual é a explicação para esta ocorrência?
A justificativa é apenas uma: o mau gerenciamento dos recursos hídricos do nosso território. Um exemplo a ser considerado é que não há proteção de nascentes e nem os reservatórios naturais.
Portanto, todos esses fatores acabam contribuindo para o consumo de energia em excesso e para o grande desperdício de água.
Porém, quais são consideradas os principais fatores que podem ocasionar o racionamento na sua cidade?
AS PRINCIPAIS CAUSAS DO RACIONAMENTO
Agora que foi explicado por que o racionamento existe, é o momento de entende quais as principais causas do racionamento de água no país.
Apesar de ser vários, os motivos, é importante destacar o alto nível de consumo de água por parte da sociedade e pelas atividades econômicas. Além disso, há um grande desperdício de água e, não é consequência apenas de banhos longos ou torneiras abertas, mas pelas perdas nas tubulações em ambientes privados e públicos.
Além dessas, abaixo está destacada outras possíveis causas do racionamento:
Aumento do consumo de água
Mesmo que a água seja um recurso renovável, o consumo tem sido cada vez maior do que a sua capacidade de renovação. No Brasil, o aumento do consumo se dá pelo crescimento da população, da agricultura e da indústria.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), a cada 100 litros de água consumidos, cerca de 72 são utilizados na irrigação agrícola.
Mas é importante destacar: precisamos ter ciência de que população brasileira utiliza mais água, por dia, do que é realmente necessário. Segundo dados disponibilizados pela ONU, cada pessoa no Brasil utiliza em torno de 154 litros de água diariamente, o que equivale a 34 litros a mais do que o necessário para atender as necessidades básicas.
Desperdício de água
A maior parte do consumo de água é devido à irrigação na agricultura. Além disso, o setor é considerado um dos grandes responsáveis pelo alto nível de desperdício de água.
Mas você se engana ao pensar que é apenas isso. O desperdício também acontece no dia a dia da sua vida. Belos exemplo disso são aqueles vazamentos que não são consertados e contidos nas residências; outras situações que ocasionam desperdício de água são: tomar banhos longos, usar a mangueira para lavar o quintal e o carro, deixar torneiras mal fechadas.
Outros motivos
Por fim, podemos citar outras causas do racionamento de água, como a má gestão dos recursos hídricos, a degradação das reservas de água e dos rios; e a remoção de grande parte da vegetação que auxilia a água da chuva a se infiltrar no solo.
RACIONAMENTO DE ÁGUA E MEIO AMBIENTE – IMPACTOS
Muitos problemas ainda se decorrem da seca que tem afetado grande parte do país, além disso, a probabilidade de uma recuperação hídrica e ambiental é cada vez mais lenta, dependendo do aumento do volume das chuvas.
As condições de racionamento, em geral, exigem medidas extremas para manter o atendimento à população. Foi possível constatar isso durante a grande crise hídrica que o Brasil passou em 2014 e 2015, quando os mananciais chegaram em seu ponto mais baixo.
Portanto, o impacto mais concreto da falta de água é uma crise hídrica.
COMO EVITAR O RACIONAMENTO DE ÁGUA?
O racionamento pressupõe que existe menos água disponível em relação à demanda dos munícipes, então é preciso atuar nas duas pontas. Sendo elas:
- aumentar a oferta do recurso por meio da dessalinização, da recarga de mananciais e do reuso.
- o uso consciente e racional além do investimento e planejamento aliados a uma educação da sociedade para incutir o valor do recurso para as novas gerações.
Confira, abaixo, as principais formas de evitar o racionamento de água e coloque-as em prática!
Verificar se existem vazamentos
Você sabia que uma torneira gotejando pode gastar 40 litros de água em um dia? É por esse motivo que verificar se existem vazamentos é fundamental.
Um dos modos de identificá-los dentro das residências é fechando todas as saídas de água da residência e fechar o registro do hidrômetro para que o fluxo de água seja interrompido. Depois, é preciso marcar o nível da caixa d’água e verificar novamente após uma hora.
Se o nível estiver abaixo do anterior, significa que existe vazamento nos sanitários ou nos canos internos da casa. Denunciar os vazamentos também é uma maneira de evitar desperdícios. Então, não deixe de informar a empresa responsável pelo abastecimento assim que perceber algum vazamento na rua.
Fique atento às rotinas
Várias tarefas do dia a dia podem gastar muitos litros do nosso recurso mais essencial. Portanto, ficar bem atento às rotinas pode ajudar a economizar tanto nos recursos hídricos quanto no próprio bolso.
Por exemplo, você sabia que ao lavar a calçada com a mangueira são gastos 280 litros de água e que lavar o carro com mangueira durante 30 minutos consome 560 litros de água?
Pequenas mudanças no momento de tomar banho e de fazer a higienização da casa podem fazer uma grande diferença. É possível, ainda, aproveitar a água da máquina de lavar roupa para lavar as calçadas e os pisos.
Diminuir o tempo de banho
Não há nada melhor do que um banho rápido e bem tomado. Apenas 5 minutos são suficientes para realizar toda a sua higiene. Com apenas 5 minutos você faz o que precisa e não consome além do necessário.
A grande sacada é se ensaboar com o chuveiro fechado e só abrir a água para tirar o sabão. É tiro e queda, vai refletir depois no seu bolso na hora de pagar a conta!
Um banho de 5 minutos faz você gastar até 50 litros de água. Num banho normal, de 15 minutos, daqueles que a grande maioria está acostumada a tomar, o gasto é de até 140 litros.
Portanto, em casos de privação extrema da água e quando não houver a possibilidade de tomar banho todos os dias, é importante se preparar para um banho rápido, ainda que seja com lenços umedecidos. Além disso, tomar banhos mais curtos ajudam a economizar e, assim, evitar o racionamento de água.
Descarga
Vaso sanitário não é lata de lixo! Já diziam muitas mamães e vovós!
Pois é. Não é mesmo. E acima de tudo, a descarga do vaso sanitário não deve ser usada em demasia ou por qualquer motivo, pois o gasto de água é enorme e considerável.
Outra dica bastante pertinente é não adotar uma cultura que infelizmente é muito comum: jogar o papel higiênico dentro do vaso sanitário. Isso requer mais água para fazer ele sumir e ainda pode causar entupimento. Ou seja, vamos usar o lixo do banheiro que é menos dor de cabeça, beleza?
Uma descarga comum, com válvula e tempo de acionamento de 5 a 6 segundos, gasta em média cerca de 10 litros de água. Passou disso qualquer segundo a mais é muito desperdício de água. Então faça uma vistoria na descarga do seu banheiro para ver se está tudo ok.
Iniciar a restauração de florestas
Existem vários indícios de que, se as florestas e as matas do Brasil não estivessem extremamente degradadas, as cidades conseguiriam resistir bem melhor à estiagem. Afinal, as árvores acabam evitando o assoreamento de represas e rios, regulando o clima.
Portanto, reflorestar é uma questão urgente, e o resultado é obtido rapidamente. Um bom exemplo é a cidade de Extrema, no estado de Minas Gerais, que pagou para que as nascentes fossem reflorestadas, e atualmente, consegue enfrentar a estiagem sem correr o risco de ficar desabastecida.
Fechar sempre a torneira
Outra boa prática é fechar a torneira no momento de escovar os dentes ou na hora de ensaboar talheres e pratos. O simples ato de mergulhar as louças na água depois do uso já contribui muito, pois evita que a sujeira seque e, assim, a lavagem demore muito mais.
Para estas e mais informações, siga o Instasaeg!
